2 de abr. de 2014

Família abandona casa por falta de segurança em Gurupi

Depois de passar uma noite terror e serem ameaçados por marginais, o pai, duas filhas, sendo uma de 10 meses, e a mãe tiveram que abandonar a Residencial João Lisboa da Cruz. “Eu vi foi a banda de tijolo caindo de raspão no peito de minha criança de 10 meses, resvalou na minha mulher a bateu na parede”

Foto: Wesley Silas - Gurupi News.com.br
A noite da última sexta-feira, 28, ficará na memória de uma jovem família gurupiense que tinha o sonho de ter uma casa própria no Residencial João Lisboa da Cruz. Segundo o pai, que por medida de segurança não terá o nome divulgado, a agonia iniciou por volta das 18h 30min da sexta-feira quando ele, sua mulher e duas filhas, sendo um de 10 meses e uma de 09 anos, saíram de dentro da casa para tomar um refrigerante na porta da residência. “Quando eu vi foi uma banda de tijolo caindo de raspão no peito de minha criança de 10 meses, resvalou na minha mulher a bateu na parede. Eu não agüentei porque eu sou pai. Abri o portão e peguei o copo de vidro que eu estava bebendo o meu refrigerante e joguei em direção deles”, disse.

De acordo com o pai, em seguida um grupo de jovens partiram em sua direção e ele, para se defender, pegou uma foice para amedrontá-los. No entanto, a vizinha da casa de onde saiu a pedrada chegou a ir na porta da sua residência para ameaçá-lo. “Minha vizinha, que é amiga deles, disse que “cagueta” tinha que morrer”, explicou.

Enquanto a Polícia não chegava, a família chegou a ser ameaçada por um pequeno grupo de pessoas, sendo que alguns deles estavam armados. “Apareceram quatro malas armados com revolveres. A população correu para dentro de suas casas. A minha mulher se desesperou e entramos para dentro de casa trancamos as portas e fomos parar dentro do nosso quarto. Em seguida, eles começaram a jogar pau e pedra em cima da minha casa e empurravam o portão. Um deles chegou a pular para dentro do quintal da minha casa e ficava mexendo na maçaneta da porta e tentando abrir a janela. Eles estavam tentando me matar. Neste momento a polícia passou na rua de trás e quando eles viram correram em direção a uma mata que tem lá e fugiram”, disse.

Segundo a vítima, as ameaças podem ter acontecido devido aos abusos de som alto na casa da vizinha. “Os policiais pediram para abaixar o volume do som e ela retrucou dizendo que tinha comprado com o dinheiro dela e chamou o polícia de filho de uma égua e em seguida foi presa pela PM”.

De acordo com o morador, logo que a polícia saiu a sua família voltou a ser aterrorizada, pois a filha da vizinha apareceu com alguns marginas que jogavam pedras no telhado de sua residência e só voltou a acalmar depois que ele chamou novamente a Polícia Militar, mas logo que a PM saia o tormento voltou. “Passei a noite toda acordada e ouvia da casa da vizinha eles gritarem, pois as casas são coladas. Referindo a mim, eles falavam que iam “passa o pano” (matar) aquele vagabundo, que ia morrer e que eles tinham eram dois oitão (revolver calibre 38)”, declarou.

Sem garantia de segurança e depois de passar momentos de muita tensão, por volta das 2h da madrugada do sábado, a vítima afirmou que ouvir saiu da direção da porta da sua residência dois tiros. “Eu estava acordado sentado no sofá e veio uma moto fez um retorno e deu dois tiros e em seguida sumiram. No outro dia às 07 da manhã meu pai foi na minha casa e nos levou para a casa dele e nós estamos todos morando lá. Ontem meu pai foi lá e pegou fogão, sofá, televisão”, disse. “A vizinha do lado está amedrontada. Ela também tem criança e está sofrendo da mesma foram que a gente”, acrescentou.

A família registrou Boletim de Ocorrência e comunicou o fato para a Secretária de Habitação no sentido de ter a residência trocada por outra em outro setor. “Tive que abandonar a minha casa por causa dos bandidos e por falta de proteção. Se eu fosse outro já tinha vendido; mas não quero porque a única coisa que eu tenho é aquela casinha. Eles dizem que não tem como fazer permuta e não tem como me ajudar”, concluiu.

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